EBD 17/11/2013
Arrogância e Humildade
VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?!


Contrapondo a arrogância e a humildade
O contraste de Naamã e o centurião romano que deixou
Jesus maravilhado
Antes de entrarmos no tema propriamente dito
vamos definir o que vem a ser o termo arrogância, e por serem antônimos, deste,
advém naturalmente, a definição de humildade.
O dicionário Aulete define arrogância como sendo:
1. Ação ou resultado de atribui
a si mesmo prerrogativa(s), direito(s), qualidade(s) etc.
2. Qualidade de arrogante, de
quem se pretende superior ou melhor e o manifesta em atitudes de desprezo aos
outros, de empáfia, de insolência etc.
3. Atitude, comportamento
prepotente de quem se considera superior em relação aos outros; Insolência
4. Ação desrespeitosa, que revela empáfia,
insolência, desrespeito
Em termos psicanalíticos a arrogância é
reflexão da incapacidade de imaginar o outro, de percebê-lo, e está associada
ao individualismo, funciona como a consolidação do poder (1), e sob esse ponto
de vista, tudo aquilo que traz poder poderá gerar a arrogância.
De forma genérica, o arrogante se julga
melhor do que os outros indivíduos. E se julga melhor por uma série de
fatores. Poder, dinheiro, status social e político, conhecimento e tantos
outros. O fato é que ele se acha superior, uma espécie de nazista, em escala
reduzida, por se julgar melhor que os outros. Todos devem se submeter a sua
opinião e autoridade, sua palavra é lei e a discordância do seu modo de pensar
não é jamais aceito, em hipótese alguma. Portanto, a arrogância é a forma que o
tolo tem de consolidar o seu poder.
O exemplo, a seguir, ilustra bem o
comportamento de um arrogante. Ao ser parado, por exemplo, em uma blitz
policial (hipotética), um deputado, senador, governador, general, ou autoridade
que o valha, depois de ser-lhe solicitado pela autoridade policial a
documentação, pergunta em tom altivo... “Você sabe com quem está falando?” Aqui
entra a arrogância. Então, pensemos em alguns pontos.
O cidadão parado na blitz policial é uma
autoridade instituída? È óbvio que sim! Deputado, senador, general, ou seja lá
o que for, o que for que seja é uma autoridade, e isso é um fato! Mas, por ser
autoridade instituída isso lhe dá o direito de se auto julgar superior a outros
cidadãos e não acatar à solicitação do policial? È claro que não! Com a pergunta:
“Você sabe com quem está falando?” Tenta coibir através do medo, de dúvida ou da
persuasão uma atitude que lhe parece errada, quando na verdade é correta. Esse
é um tipo de arrogância descarada.
A linha divisória entre a humildade e a
arrogância é muito fina, tênue. O arrogante se julga melhor que os outros e
muitas vezes, de forma sutil, se passa por alguém humilde.
Por ser o contrário da arrogância, a humildade
é a qualidade de não se julgar melhor do que outros. Portanto,
julgar que alguém não é humilde ou se auto julgar humilde é ainda sim julgar-se
melhor que o outro menos humilde. Assim, perde-se a humildade e tornamo-nos
arrogantes. A isso chamamos de falsa humildade, é, na verdade, uma arrogância
mascarada.
A arrogância tem sido por muitas vezes confundidas, com
tantas outras coisas. Por exemplo: As
pessoas muitas vezes confundem a expressão do conhecimento com arrogância. Dizer o que se sabe, o que se conhece, não é
arrogância, mas julgar-se melhor que outros, por ter um pouco mais de conhecimento,
isso sim é arrogância! (2).
A arrogância está por todos os lados. Mostre-me um
arrogante, e eu, lhe mostrarei um homem sem Deus! O arrogante não se contenta
em ser chamado de Zé, ele é doutor José, senhor José, general José, Deputado
José, mas Zé... jamais! Ele é bom demais para ser chamado assim!
Há arrogantes nas ruas, imagine-se andando de carro e você
precisa mudar de faixa, liga a seta e tenta entra na faixa da direita o carro
que vem atrás de você, o que faz? ... Se você pensou: acelera! Encontrou um
gesto arrogante!
Há arrogantes no trabalho. Pense que você se saiu melhor
diante do seu chefe ou um colega, com as vendas do mês. O humilde se
alegraria... o arrogante tentaria te derrubar. Ninguém é melhor do que ele!
Há arrogantes, dentro das nossas igrejas que acham que o
reino de Deus não funcionaria sem ele. O arrogante acha que por ter escolhido
por Deus, é uma peça indispensável do reino do Senhor. E sem ele, a obra de
Deus na terra, não funciona.
Por mais que receba o louvor (elogio) alheio, ele precisa
de mais. Lembro-me certa vez, em que andava pelo quartel e de repente observei
que todos pararam o que estavam fazendo ao passar de uma viatura de vidros fumê
e faróis acesos, todos os mlitares tomaram a posição de sentido... todos... o pessoal
da guarda, soldados, cabos, sargentos, tenentes e comandantes, todos
permaneciam imóveis nas suas posições de respeito. Percebi que conforme a
viatura, de vidros negros passava, eles retornavam a caminhar e realizar suas
atividades rotineiras. Um pouco mais a frente, um marinheiro desavisado, não
percebeu a viatura que passava e não fez a posição que todos vinham fazendo. A
viatura passa, e a cerca de dez metros de distancia acendem a luz de freio
vermelha e após isso as brancas de ré... e a viatura volta até o desavisado
rapaz, o vidro da porta traseira se abre e um almirante com 3 estrelas
reluzentes em seu ombro pergunta ao rapaz: “Você não me viu passar?” e o rapaz
respeitosamente responde: “Não senhor!”, então, o almirante dá a sentença:
“Então, apresente-se ao oficial de serviço e diga que o Comandante-em-Chefe da
Esquadra mandou lhe prender por displicência, e por não conhecer o seu
comandante!”. O vidro se fecha e a viatura vai embora.
Pessoas arrogantes não se contentam com elogios ou referências
de todos, eles querem mais!
O arrogante não precisa de Deus! Ele é melhor
que Deus! Ele não precisa ser servo (ver Faça o que eu digo...) ele precisa é
ser servido.
O Arrogante não precisa ficar em silêncio
quando jejua, ele precisa mostrar e se auto afirmar quando jejua, todos
precisam saber o quanto ele é santo. O arrogante prioriza a própria vida em
detrimento das dos outros. “Farinha pouca... meu pirão primeiro!”
Perceba que, um soldado romano, lider de uma tropa romana de cerca de 100 homens, merecedor de honras militares como Naamã merecia. O centurião sabia que tinha poder e autoridade sobre soldados e subordinados, mandava um ir e ele ia, mandava outro vir e ele vinha, mas essse soldado não se julgou digno de ir até Jesus. Por que? O centurião mesmo merecedor de honras militares que lhe eram devidas, reconheceu em Jesus, através de um ato de humildade, uma autoridade maior que ele próprio, autoridade tamanha que ele se julgou indigno de ir ter com o Mestre, mas reconhecia sobretudo o poder que Jesus tinha, de onde ele estava, sem ver ou sem tocar, de curar o jovem doente. Humildade! Humildade essa que deixou Jesus maravilhado! resultado: A cura do jovem soldado! Aleluia!
Humildade, é o que o Senhor espera de nós!
Referências
(1) https://www.ufmg.br/online/arquivos/029690.shtml Acesso
em: 8/11/2013
(2) http://apenas1.wordpress.com/2013/06/17/nao-existem-cristaos-arrogantes/ Acesso em: 8/11/2013
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