Busca

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?!

EBD 17/11/2013
Arrogância e Humildade

VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?!


Contrapondo a arrogância e a humildade
O contraste de Naamã e o centurião romano que deixou Jesus maravilhado

Antes de entrarmos no tema propriamente dito vamos definir o que vem a ser o termo arrogância, e por serem antônimos, deste, advém naturalmente, a definição de humildade.
O dicionário Aulete define arrogância como sendo:
1. Ação ou resultado de atribui a si mesmo prerrogativa(s), direito(s), qualidade(s) etc.
2. Qualidade de arrogante, de quem se pretende superior ou melhor e o manifesta em atitudes de desprezo aos outros, de empáfia, de insolência etc.
3. Atitude, comportamento prepotente de quem se considera superior em relação aos outros; Insolência
4. Ação desrespeitosa, que revela empáfia, insolência, desrespeito
Em termos psicanalíticos a arrogância é reflexão da incapacidade de imaginar o outro, de percebê-lo, e está associada ao individualismo, funciona como a consolidação do poder (1), e sob esse ponto de vista, tudo aquilo que traz poder poderá gerar a arrogância.

De forma genérica, o arrogante se julga melhor do que os outros indivíduos. E se julga melhor por uma série de fatores. Poder, dinheiro, status social e político, conhecimento e tantos outros. O fato é que ele se acha superior, uma espécie de nazista, em escala reduzida, por se julgar melhor que os outros. Todos devem se submeter a sua opinião e autoridade, sua palavra é lei e a discordância do seu modo de pensar não é jamais aceito, em hipótese alguma. Portanto, a arrogância é a forma que o tolo tem de consolidar o seu poder.
O exemplo, a seguir, ilustra bem o comportamento de um arrogante. Ao ser parado, por exemplo, em uma blitz policial (hipotética), um deputado, senador, governador, general, ou autoridade que o valha, depois de ser-lhe solicitado pela autoridade policial a documentação, pergunta em tom altivo... “Você sabe com quem está falando?” Aqui entra a arrogância. Então, pensemos em alguns pontos.
O cidadão parado na blitz policial é uma autoridade instituída? È óbvio que sim! Deputado, senador, general, ou seja lá o que for, o que for que seja é uma autoridade, e isso é um fato! Mas, por ser autoridade instituída isso lhe dá o direito de se auto julgar superior a outros cidadãos e não acatar à solicitação do policial? È claro que não! Com a pergunta: “Você sabe com quem está falando?” Tenta coibir através do medo, de dúvida ou da persuasão uma atitude que lhe parece errada, quando na verdade é correta. Esse é um tipo de arrogância descarada.
A linha divisória entre a humildade e a arrogância é muito fina, tênue. O arrogante se julga melhor que os outros e muitas vezes, de forma sutil, se passa por alguém humilde.
Por ser o contrário da arrogância, a humildade é a qualidade de não se julgar melhor do que outros. Portanto, julgar que alguém não é humilde ou se auto julgar humilde é ainda sim julgar-se melhor que o outro menos humilde. Assim, perde-se a humildade e tornamo-nos arrogantes. A isso chamamos de falsa humildade, é, na verdade, uma arrogância mascarada.

A arrogância tem sido por muitas vezes confundidas, com tantas outras coisas. Por exemplo:  As pessoas muitas vezes confundem a expressão do conhecimento com arrogância.  Dizer o que se sabe, o que se conhece, não é arrogância, mas julgar-se melhor que outros, por ter um pouco mais de conhecimento, isso sim é arrogância! (2).
A arrogância está por todos os lados. Mostre-me um arrogante, e eu, lhe mostrarei um homem sem Deus! O arrogante não se contenta em ser chamado de Zé, ele é doutor José, senhor José, general José, Deputado José, mas Zé... jamais! Ele é bom demais para ser chamado assim!
Há arrogantes nas ruas, imagine-se andando de carro e você precisa mudar de faixa, liga a seta e tenta entra na faixa da direita o carro que vem atrás de você, o que faz? ... Se você pensou: acelera! Encontrou um gesto arrogante!
Há arrogantes no trabalho. Pense que você se saiu melhor diante do seu chefe ou um colega, com as vendas do mês. O humilde se alegraria... o arrogante tentaria te derrubar. Ninguém é melhor do que ele!
Há arrogantes, dentro das nossas igrejas que acham que o reino de Deus não funcionaria sem ele. O arrogante acha que por ter escolhido por Deus, é uma peça indispensável do reino do Senhor. E sem ele, a obra de Deus na terra, não funciona.
Por mais que receba o louvor (elogio) alheio, ele precisa de mais. Lembro-me certa vez, em que andava pelo quartel e de repente observei que todos pararam o que estavam fazendo ao passar de uma viatura de vidros fumê e faróis acesos, todos os mlitares tomaram a posição de sentido... todos... o pessoal da guarda, soldados, cabos, sargentos, tenentes e comandantes, todos permaneciam imóveis nas suas posições de respeito. Percebi que conforme a viatura, de vidros negros passava, eles retornavam a caminhar e realizar suas atividades rotineiras. Um pouco mais a frente, um marinheiro desavisado, não percebeu a viatura que passava e não fez a posição que todos vinham fazendo. A viatura passa, e a cerca de dez metros de distancia acendem a luz de freio vermelha e após isso as brancas de ré... e a viatura volta até o desavisado rapaz, o vidro da porta traseira se abre e um almirante com 3 estrelas reluzentes em seu ombro pergunta ao rapaz: “Você não me viu passar?” e o rapaz respeitosamente responde: “Não senhor!”, então, o almirante dá a sentença: “Então, apresente-se ao oficial de serviço e diga que o Comandante-em-Chefe da Esquadra mandou lhe prender por displicência, e por não conhecer o seu comandante!”. O vidro se fecha e a viatura vai embora. 
Pessoas arrogantes não se contentam com elogios ou referências de todos, eles querem mais!
O arrogante não precisa de Deus! Ele é melhor que Deus! Ele não precisa ser servo (ver Faça o que eu digo...) ele precisa é ser servido.
O Arrogante não precisa ficar em silêncio quando jejua, ele precisa mostrar e se auto afirmar quando jejua, todos precisam saber o quanto ele é santo. O arrogante prioriza a própria vida em detrimento das dos outros. “Farinha pouca... meu pirão primeiro!”
         A  Bíblia fala de dois homens, que como autoridades que eram, tinham nos seus intimos um caráter totalmente oposto, Naamã (2Rs 5:1-15) e um centurião romano (Lc 7:1-10). Naamã, general de guerra e leproso, ao ouvir que o profeta Eliseu que estava em Samaria poderia resolver o seu problema, esperou um "show pirotécnico", esperou ser recebido como general com todas as honras militares que lhe eram devidas, mas ficou extremamente irritado ao ser recebido por um jovem que dissera que ele deveria tomar banho num rio, que julgava ser sujo. Naamã trazia consigo, ouro, prata, vestes festivais para Eliseu, vinha com toda a sua comitiva militar esperava ser tratado como general que era e foi recebido apenas por um garoto com um recado. Feriu o seu orgulho, a arrogância de se achar melhor e de ter sido recebido como uma pessoa comum feriram lhe o brio, sua altivez estava abatida e ele desistira de receber o que Eliseu havia lhe dito. Não fosse um da sua comitiva lhe impelir a realizar a ordenança de Eliseu teria perdido sua benção. A sua arrogância, por pouco, lhe fizera perder a benção. 
           De forma diferente, o centurião romano, que tinha tantos direitos a honras militares como Naamã, e que tinha um dos seus subordinados seriamente doente, pede a um dos anciões do povo que procure por Jesus dizendo que seu servo estava muito doente, Jesus vai até o lugar o lugar que estava o centurião. O centurião manda outro mensageiro dizendo (v.7,8): "eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz"
             Perceba que, um soldado romano, lider de uma tropa romana de cerca de 100 homens, merecedor de honras militares como Naamã merecia. O centurião sabia que tinha poder e autoridade sobre soldados e subordinados, mandava um ir e ele ia, mandava outro vir e ele vinha, mas essse soldado não se julgou digno de ir até Jesus. Por que? O centurião mesmo merecedor de honras militares que lhe eram devidas, reconheceu em Jesus, através de um ato de humildade, uma autoridade maior que ele próprio, autoridade tamanha que ele se julgou indigno de ir ter com o Mestre, mas reconhecia sobretudo o poder que Jesus tinha, de onde ele estava, sem ver ou sem tocar, de curar o jovem doente. Humildade! Humildade essa que deixou Jesus maravilhado! resultado: A cura do jovem soldado! Aleluia!

                Humildade, é o que o Senhor espera de nós! 

Bons estudos!!

Fernando e Isabella

Referências


Leia mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário