"Sede meus imitadores,
como também eu sou de Cristo. De fato, eu vos louvo porque, em tudo, vos
lembrais de mim e retendes as tradições assim como vo-las entreguei. Quero,
entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem,
e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. Todo homem que ora
ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Toda
mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a
sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada. Portanto, se a mulher não usa
véu, nesse caso, que rape o cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se ou
rapar-se, cumpre-lhe usar véu. Porque, na verdade, o homem não deve cobrir a
cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher
é glória do homem. Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher,
do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a
mulher, por causa do homem. Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos,
trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade." 1Co 11: 1-16
Creio ser essa uma grande dúvida com
relação ao uso do véu: "O ensino de Paulo está relacionado a uma prática
judaica comum e serve como parâmetro de uso e costume para toda e qualquer
sociedade cristã? Ou mostra um outro tipo de ensinamento cristão eterno e
perene para nós, os cristãos?"
Antes de chegarmos a conclusões antecipadas
ou precipitadas, observemos alguns fatos exegéticos, contextos gerais,
históricos, cultura local, ocasião e temas da 1ª carta de Paulo aos Coríntios.
ASPECTO HISTÓRICO (História)
A cidade de Corinto era um
importante porto de comércio exterior e uma das principais cidades da Grécia
Antiga. Por receber uma grande quantidade de pessoas devido ao seu comércio crescente
e florescimento econômico dentro da região, naquela época, os habitantes de
Corinto desfrutavam de grande intelecto e interesse pela filosofia, que tinha a
Grécia como berço. Além disso, tinha grande influência no mundo desportivo
sendo considerada para a região grande polo controlador dos jogos atléticos,
competição bienal, que só foi superada em importância pelos jogos olímpicos (1
Cor 9,24-27).
A religião dentro da cidade também
fervilhava, diversos templos pagãos e dentre eles os mais proeminentes eram o
de Afrodite (deusa grega do amor) e o de Apolo (deus grego da beleza e
juventude). O culto a Afrodite promovia
a devassidão e prostituição em nome da religiosidade e junto com o culto a
Apolo fechavam o círculo de permissividade sexual e culto ao corpo em Corinto.
O CONTEXTO DA EPÍSTOLA DE 1 CORÍNTIOS
A igreja de Corinto foi
provavelmente estabelecida por Paulo na sua segunda viagem missionária à
Corinto. Paulo passaria mais que 18 meses em Corinto (At 18: 1-18) e por isso, tinha razões para esperar um pouco de maturidade espiritual dos habitantes da
cidade. Porém, ao invés de amadurecer, a igreja dos coríntios enfrentava e
desenvolvia sérios problemas com divisão, abuso de sacramentos, desordem
durante os cultos, problemas teológicos, como tratar com excesso os dons espirituais
e dois extremos: de um lado a frouxidão moral
do outro ascetismo doentio. As divisões davam-se em virtude de alguns na
congregação acharem-se mais espirituais ou inteligentes que outros (1Co
1.11,12; 3.1-4; 8.1-4), havia imoralidade e processos judiciais entre irmãos
(1Co 4.1-4; 5:1; 6:1-6).
Na carta aos Coríntios Paulo trata
além desses problemas, instrui a respeito sobre doutrinas importantes como:
Soberania de Deus, santificação e ressurreição do corpo.
No capítulo 11 (que é onde nos ateremos), Paulo esclarece
sobre o culto em duas partes:
1. O uso do véu (11.2-16)
2.
A Santa Ceia (11.17-34)
As fontes relacionadas ao uso do véu
são parcas, porém, alguns estudiosos observam que, com algumas poucas exceções, os homens do século I da era cristã, ficavam com suas cabeças descobertas ao
orarem. O hábito de os homens (judeus), nos dias de hoje, orarem com a cabeça
coberta, provavelmente não remonte o período do Novo Testamento.
ASPECTO HISTÓRICO (Bíblia)
No Livro de Números 5:11-31 a Bíblia
fala que durante a prova contra a mulher suspeita de adultério no versículo 18, depois de um cerimonial realizado pelo marido que se julga traído, a mulher,
diante do sacerdote, soltará a cabeleira.
Nesse ponto observamos que seus
cabelos estavam presos, amarrados ou cobertos de algum jeito não relatado nos
textos.
Em Deuteronômio 22:5 a Bíblia diz
que mulheres não poderiam usar roupas de homem e tão pouco homens a roupa peculiar das
mulheres. Portanto, havia algumas diferenças claras entre as roupas de homens e
mulheres, que veremos mais adiante.
ASPECTOS CULTURAIS
As roupas das mulheres eram mais bem
elaboradas que as dos homens, eram mais longas e tinham mais camadas que as
masculinas. O véu era a característica distintiva das mulheres. Com algumas raras
exceções, todas as mulheres usavam véu, normalmente nunca tiravam, com algumas
execessões, na presença dos serventes e empregados da casa.
Ao viajar, as mulheres tiravam a
parte de trás do véu, mas ao se aproximar um homem recolocavam o véu no lugar.
Foi o que Rebeca fez ao avistar Isaque em Gn 24: 64,65.
Quando uma mulher estava em casa não
falava com um convidado sem antes colocar o véu na presença das donzelas da
casa. A princípio o véu era um artigo ornamental (Ct 4:1,3; 6:7), e tanto as
mulheres solteiras como as casadas apareciam em público com seu véu e com rosto
descoberto.
As noivas utilizavam um véu cobrindo
o rosto durante a cerimônia de casamento até o momento da consumação do matrimônio
(Gn 24.65; 29.25). A tradição das noivas utilizarem o véu no altar, nos dias de
hoje, até que o sacerdote declare os noivos casados e o esposo poder retirar o
véu da mulher, vem daí.
As prostitutas não usavam véu. Era
um modo de chamar a atenção dos homens, normalmente dos peregrinos.
Hoje, como nos tempos antigos,
mulheres solteiras e casadas ainda podem ser vistas vestindo o véu nas terras
bíblicas.
As
velhas formas também são rigorosamente observadas pelas mulheres muçulmanas,
que quando em público usam o véu. O Alcorão é o responsável por grande parte da
rigidez em relação ao uso do véu, já que esse proíbe que as mulheres mulçumanas
apareçam em público sem ele.
As
leis no período médio da Assíria, determinava que esposas e filhas de cidadãos
assírios deviam usar véu ao saírem sozinhas nas ruas, com excessão de
prostitutas e escravas. Na Assíria quando um homem colocava o véu em sua concubina ele a declarava sua esposa e era reconhecida po todos como tal.
As
mulheres egípcias normalmente não usavam véu, mas frequentemente usavam perucas
ou cachos (tranças) feitos nos cabelos que tinham o comprimento até a altura do
ombro
Os
homens gregos e romanos cobriam suas cabeças com a estola ao oferecer
sacrificios aos deuses oficiais, não sem razão Paulo fala que o homem que profetiza com a cabeça
descoberta desonra sua própria cabeça (1 Co 11:4), ele (Paulo) como romano,
sabia muito bem o significado do ato. Por outro lado as mulheres romanas
ofereciam seus sacrificios com a cabeça descoberta. (Uma forma diferente da relatada na Bíblia)
Essa
conclusão parece concordar com o expresso 2Co 3.18 dizendo que todo cristão
deve olhar para o Senhor com cara descoberta.
Para os hebreus o cabelo é algo muito
importante da beleza pessoal de jovens e velhos. Os sexos se distinguia pelos
cabelos longos da mulher. Alguns homens usavam os cabelos até uma certa altura,
porém, nunca tão longos como os da mulher. Sansão possuia sete tranças em seus
cabelos (Jz 16: 13,19), os nazireus durante os votos usavam os cabelos longos
(Nm 6:5) os hebreus temiam a calvíce (que não era comum) pois era considerada
resultado da lepra (Lv 13:40). Segundo Flávio Josefo, os hebreus pulverizavam
pó de ouro sobre os cabelos, mas não era comum pintá-los ou tingi-los. Eram
frequentemente ornados com pentes ou untados profusamente com óleo perfumado
(Rt 3.3; 2Sm14.2; Sl 23.5; 45.7; Is 3:24), isso era feito principalmente em
ocasiões festivas.
ASPECTO EXEGÉTICO
Na versão Almeida Revista e Atualizada
a palavra véu ( em português ) aparece 48 vezes sendo 34 vezes no Antigo
Testamento e 14 no Novo Testamento.
Segundo
o dicionário de Strong as palavras originais são essas:
ANTIGO TESTAMENTO
#H06809
tsa - significando
véu, xale ou uma espécie de invólucro
Gn 24.65; 38.14; 38.19
#H06532
poreketh - significando véu, como uma
espécie de cortina (como a Templo do Senhor)
Ex 26:31,33,35; 27:21; 30:6; 35:12;
36:35; 38:27; 39:34; 40:3,21,22,26
Lv 4:6,17; 16:2,12,15; 21:23; 24:3
Nm 4:5; 18:7
2Cr 3:14
#H04533
macveh significando unicamemte véu
Ex 34:33,34,35
#H4541
maccekah significando um tecido,
coberta, véu ou um tecido trançado
Is 25:7
NOVO TESTAMENTO
#G02665 katapetasma - significando cortina, véu,
um tecido estendido
Mt 27:51
Mc 15:38
Lc 23:45
Hb 6:19; 9:3; 10:29
#G177 akatakaluptos
- significando sem véu, descoberto
1Co 11:6,13
#G02619 katakalupto
- significando cobrir-se com um véu ou cobrir-se
1Co 11:6
#G02571 kaluma -
significando véu (como o de Moisés)
2Co 3:13,14,15,16
#G01909 epi -
significando uma raiz de palavra e uma preposição que significa posicionado
sobre, em cima ou sobre.
É claro que os verbetes em português mudam com as
traduções. Mas, nessa versão, em especial, a palavra epi é traduzida como véu. De todas as palavras traduzidas como véu e
que de certa forma tem o significado de véu, apenas essa não significa
necessariamente véu. Por que?
É exatamente nesse versículo que se
apoiam os defensores do uso do véu, ou do cabelo como sendo o véu da mulher.
Será uma mulher de cabelos curtos uma cristã fora dos padrões bíblicos ou será
realmente os cabelos longos uma máxima para toda e qualquer sociedade cristã?
Ao lermos 1Co 11: 2-16 não podemos retirar
um único versículo sequer do seu contexto, pois cairíamos em um erro de exegese.
Num contexto geral, Paulo não fala apenas às mulheres, mas também aos homens.
Ele apresenta de forma ordenada as posições, de Cristo como o cabeça do homem e
do homem como o cabeça da mulher.
A análise do verbete original,
mostra, não ter ele, relação com a palavra véu, mas significando algo como:
"superior às nossas cabeças"(para essa tradução (ARA) e como mostram
outras traduções)
Vejamos o significado original dos verbetes na frase de 1Co 11:10:
"...trazer (G02192) véu na
(G01909) cabeça (G02776)..." (v.10 - fragmento)
#G02192 - trazer consigo no sentido
de utilizar
#G01909 - (raiz, prep) "epi" - posicionado em cima,
sobre, em cima de
#G02776 - normalmente relacionado à
cabeça de seres humanos
Portanto, muito além de véu, a
palavra aqui traduzida por véu está relacionada a algo que deve ser portado,
conduzido, sobre a cabeça no sentido de utilizá-lo, trazendo, dessa forma, em sentido intrínseco, algo soberano sobre nós
mesmos, o Próprio Cristo.
Não estou querendo dizer com isso
que existe uma relação de soberania do homem para com a mulher (como cabeça
desta), e sim destes (homem e mulher) para com Cristo, o Senhor de ambos.
A relação estabelecida em Ef
5:22,23, Cl 3:18,19 e 1Pe 3:1,2 que fala da mulher como tendo a responsabilidade
de zelar pela sua "cabeça", e o homem de zelar pela sua
"cabeça", e ambos de zelarem pelo nome do Senhor é apresentada aqui
no versículo 10.
Mas a pergunta ainda permanece:
"O que tem o véu haver com tudo isso?"
Pelo que pudemos observar mulheres solteiras
e casadas servas do Senhor Jesus, tinham um jeito muito peculiar de se
vestir... usando um véu. As egípcias não usavam véu, as romanas não usavam véu,
as gregas não usavam véu, as escravas não usavam véu, as prostitutas eram reconhecidas
por não usarem o véu, as estrangeiras (comentário meu) provavelmente não usavam
véu e mesmo que usassem, apenas uma classe de mulheres usariam o véu enquanto
oravam ou quando profetizavam. As servas do Senhor!
O que Paulo diz aqui está muito além
de ser o uso do véu um dogma teológico ou até mesmo uma obrigatoriedade para o
povo de Deus. De outra forma, se alguma mulher fosse observada na rua orando ou
profetizando sem o véu, poderia ser considerado por qualquer daqueles que
passavam por ali, por exemplo, como grega, serva de Afrodite, podia ser
confundida com uma egípcia, serva de Hathor
(deusa do vinho, dança e fertilidade), com uma mulher romana (serva de
Vênus, deusa do amor), escrava, e até mesmo uma prostituta (serva da
prostituição), porém, só um tipo de mulher fazia aquilo usando o véu. Mulheres
de Deus! Servas do Deus de Israel! È sobre essa tradição que foi falada por
Paulo no versículo 2, contudo, isso está longe de ser considerado como um dogma
ou regra estabelecida por ele de como se vestir, de como usar isso ou aquilo, para os dias de hoje.
Era a forma como as mulheres servas de Cristo se vestiam, era comum, sóbrio,
sensato e santo, na época.
Mulheres que se portavam dessa
forma, honravam diante de todos o seu povo, honravam sua história, honravam sua
família, honravam seu marido ( Ef 5:22,23, Cl 3:18,19 e 1Pe 3:1,2), honravam o
seu Deus! Quem as visse saberia: "Ali vai uma mulher de Deus!". Ao
olhar para elas era fácil identificar que eram diferentes de todas as outras.
Quando Paulo cita que se uma mulher
orasse ou profetizasse sem o véu desonraria a sua própria cabeça, ele não se
refere apenas a desonrar a si própria, mas ela desonraria, seu povo e sua
história, sua família, seu marido e o seu Deus! Não ter a cabeça coberta ao
orar e profetizar era (para os atenienses... e não para Deus) desconsiderar em
meio a uma nação iníqua quem elas realmente eram, servas de Deus! Não era ser
separada e reconhecida como tal, mas era dar um testemunho errado de quem elas
realmente eram. Poderia ser egípcia, romana, grega, escrava e até prostituta,
mas serva de Cristo, com certeza não era. Paulo enfatiza: "é melhor raspar
a cabeça (e parecer um homem)... mas
se isso parece ser vergonhoso... coloque o véu". (Grifo meu)
Falamos muito aqui sobre o uso do
véu pela mulher, mas esquecemos (às vezes) do contexto, que não está voltado
apenas para elas, por que a mesma regra é válida para homens, pois esses deviam
se portar de maneira análoga, segunda a orientação de Paulo. Haja visto os
gregos adorarem os seus deuses com a cabeça coberta, adorar a Deus dessa forma
era expressar em público (para a população de Corinto e não para Deus que
conhece os corações), a não separação como homem de Deus, da nação iníqua, e
dessa forma envergonhar diante de todos, seu povo, sua história, sua família (e
mulher), seu Deus!
A relação de que homem e mulher devem adorar a Deus
também com suas atitudes diante dos homens está explícito no versículo 11 e 12
que diz: "Todavia,
no Senhor, nem a mulher é independente do homem, nem o homem é independente da
mulher, pois, assim como a mulher veio do
homem, assim também o homem nasce da mulher, mas tudo vem de Deus."
Não é
o homem melhor que a mulher, tão pouco a mulher melhor que o homem, contudo,
ambos foram criados, por Ele e para Ele e para a glória de Jesus Cristo, nosso
Senhor.
Paulo deixa,
dessa forma, a "critério" da igreja de Corinto perguntando nos
versículos seguintes (13 e 14) o que eles achariam certo: Mulher deve orar sem
o véu? Ou homem deve ter cabelo comprido?
Aqui deixo
reticências... como se fosse para um minuto de reflexão... Como se fosse o
próprio Paulo... (que pretensão!) imagino os crentes de Corinto, dizendo:
"Está certo!"
Se 1Co 11 tivesse
sido escrito apenas até o versículo 15a... e se essa parte da carta de Paulo
estivesse acabado, estaria ótimo!... mas não acaba... e parecendo antagônico ele
acrescenta...
"Pois o cabelo lhe foi dado em lugar da
mantilha". Paulo aqui se refere a cobertura da cabeça da mulher (o
véu), mas agora, não como uma peça das suas roupas, mas como algo, único da
mulher, intrínseco: Os cabelos. Não cabelos longos, não cabelos curtos, loiros,
ruivos ou negros... apenas cabelo. Por que?
A palavra mantilha significa: uma espécie de manto que cobre
cabeça e ombros, significa algo que está acima da cabeça, algo natural de todas
as mulheres (salvo por problemas de saúde), todas as mulheres possuem seu cabelo!
Pode até parecer bobo mas o que Paulo fala não é apenas de uma regra para
judeus mas de algo muito maior que dogmas religiosos ou doutrinas de roupas, sobre
o que usar ou não usar, ele fala de salvação extensiva a todos!
Todas as mulheres
podem ser consideradas salvas em Cristo Jesus, não somente aquelas que
eventualmente usam o véu por serem judias, e escolherem o modo de viver de uma
judia, mas todas aquelas que aceitarem a Jesus Cristo, como salvador de suas
vidas, mas será necessário usar o véu? Não! Já existe um véu sobre a cabeça das
mulheres. Cabelos! E sinceramente, para Paulo isso é o menos importante.
O que Paulo quer
dizer sobre véu (para os nossos dias), na verdade, é que o véu... é o que menos importa! O véu não
está ligado a um ritual religioso de botar o véu, tirar o véu, véu assim, véu
assado. Naqueles tempos de Paulo o véu era uma tradição, um costume, um
hábito... Paulo estava dizendo para a igreja de Corinto: "...quer usar o
véu? Use o véu...", você será reconhecida como mulher de Deus por causa do
véu, mas o que mostrará o seu caráter cristão, não será o véu, mas o ato de orar
e profetizar em nome de Jesus Cristo, honrando sua história, sua vida, família, marido e o próprio Deus! o Filho de Deus! O que mostrará se você é
uma mulher (ou homem) de Deus, não é o véu que provará... por que os costumes,
a moda, o jeito de se vestir passa, é diferente em cada canto do mundo. Alguns
lugares do planeta as mulheres usam cabelos longos, em outras cabelos curtos,
em outros pintam de loiro, ruivo, preto, azul ou vermelho, fazem rastafari, usam
turbantes, estilo ronaldinho, mas nesses dias não será isso que salvará o homem
do seu pecado... véu todas podem ter (e tem), porém, o que mostrará o seu caráter
como homem ou mulher de Deus é aceitar e declarar que Jesus Cristo é Senhor! E honra-lo. Aleluia!
Paulo termina seu
"falatório" sobre véu, dando uma resposta certeira à dúvida dos
crentes de Corinto e uma rasteira nos "sábios" que tentavam corromper
a igreja de Corinto com doutrinas de homens... "Contudo, se alguém quiser
ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus."
(toma!). Paulo diz aqueles que tentam mudar o que Deus diz, transformar
mentiras em verdades, gerar dúvidas na mente do povo, não são verdadeiros
cristão."...nós não temos tal
costume, nem as igrejas de Deus..."
O que Paulo busca, na verdade, dos
crentes da influente igreja de Corinto, não é que se preocupem apenas com
problemas de natureza teológica, contudo, com aquilo que realmente interessa, e expressado por ele no início do capítulo 11:
"Sede meus imitadores, como
também eu sou de Cristo." 1Co 11.1
Bons Estudos!
Fernando e Isabella.
Bibliografia:
- Dicionário Bíblico Wycliffe
- Dicionário Vine
- Dicionário de Strongs
- Bíblia de Estudo de Genebra
- Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos - Ralph Gower
- Usos y Costumbres de las Tierras Biblicas
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