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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"...ESQUECEU DE MIM, JESUS?"


AULA EBD 1/12/13
Ôôô... Jesus.... Esqueceu de mim é?
O tempo para todas as coisas. Breve introdução ao Livro de Eclesiastes.

Ec 2; 3:1
                Tanto o livro de Provérbios (a maior parte dele) quanto o Livro de Eclesiastes foram escritos pela mesma pessoa. Salomão. Contudo, segundo estudiosos, em fases distintas da sua vida. Nos prenderemos aqui ao livro de Eclesiastes, que é por muitos chamado de o livro da velhice de Salomão. Os escritos mostram um rei olhando para a vida que teve, e a fazer uma observação muito conhecida por todos nós que ilustra o capítulo 1 do livro: "Vaidade de vaidade tudo é vaidade!". Poucas palavras são tão genéricas quanto TUDO. O que é tudo? Ora, tudo é tudo! Simples assim! Mas não podemos deixar de observar, que o tudo a que  Salomão se refere não engloba a vida na eternidade, mas, de outra forma limita, o tudo, àquilo que está debaixo do céu. O rei está se referindo apenas aquilo que está debaixo do céu, noutras palavras, aquilo que é terreno. tudo aquilo que está compreendido entre o nascer e a morte. Note que, ao se referir ao tudo, Salomão está olhando para trás na sua própria vida. No capítulo 2 de Eclesiastes, Salomão expressa muito bem essa realidade de vaidades, quando fala que teve alegria, teve trabalho, ouro e prata, que plantou, que teve servos e servas, que teve sabedoria, tudo aquilo que ele quis ele teve (Ec 2:1-23), mas que tudo isso era vaidade, que após a sua vida ter chegado ao momento final (ou estar perto dele), o sentimento era: "o que adiantou tanto trabalho?" (Ec 2:11)
                O livro de Eclesiastes também é conhecido por ser o livro do tempo, há tempo para isso, há tempo para aquilo, a tempo para todas as coisas debaixo do céu, ou seja, na Terra (Ec 3:1-23). Salomão no final da vida percebe uma realidade, intrínseca a nossa, enquanto estivermos aqui nessa terra. O tempo. Mais do que simplesmente, haver um tempo de chorar e de rir, de nascer ou morrer, ele pôde perceber que tanto o choro quanto o riso, começam e acabam, tem um tempo determinado. Ninguém nessa Terra vive todo o tempo de sua vida triste ou mesmo feliz. Enquanto nessa terra vivermos, em determinado tempo estaremos felizes, seja porque o filho nasceu, por haver passado em um concurso, por estar desfrutando da presença de amigos ou gozando de uma boa saúde. Em contrapartida, haverá momentos em que choraremos a morte de um familiar,  a reprovação em um concurso, a ausência dos amigos, ou por estar padecendo por alguma doença. Há um tempo para isso, tempo esse, que não permanece para sempre ou dura para sempre. Uma hora acaba! Seja o bem ou o mal. E isso Salomão chama de vaidade.
                Caros amigos, percebam que estamos falando da vida do ser humano enquanto estivermos aqui na Terra, a alegria que é referida aqui, é uma alegria que está "debaixo do céu", é aquela que tem um tempo para começar e um tempo acabar, a essa alegria Salomão diz ser vaidade, por não poder durar para sempre (há um tempo para ela). Esse tipo de alegria, como Salomão se referiu está relacionada um tempo determinado na vida de um homem, ela tem um início e uma hora vai acabar. Uma alegria diferente da experimentada pelos salvos em Cristo Jesus, na eternidade. Essa, diferente daquela, é eterna, e acontece após a morte do cristão ou do arrebatamento da igreja. Seja a alegria eterna ou o tormento eterno. Na essência o que Salomão quer dizer é que tudo o que acontece nessa terra, durante a nossa vida, é efêmero, seja a alegria ou seja a tristeza, seja o nascer ou o morrer, o plantar ou o arrancar o que se plantou. Tudo tem um tempo nessa vida, e tudo o que acontece nesse intervalo tempo é vaidade. Pois acaba!
             Percebendo isso Salomão indaga, que tudo de nessa Terra acontece igualmente a justos e injustos. Salomão julga ser sábio (ou justo) melhor do que não ser, mas não pode deixar de notar que o que acontece a um (justo) acontece ao outro (ímpio), e de forma análoga, e mais chocante para nós é que isso independe de mérito próprio. Se o justo pode ser feliz, o ímpio também pode ser feliz! Pois tudo acontece igualmente aos dois. Simples assim! Há um tempo determinado por Deus, tanto para um ser feliz, quanto para o outro ser feliz, nessa terra. Embora essa felicidade seja vaidade, todos os dois podem ser felizes enquanto viverem nessa Terra. Isso muitas vezes nos dá um nó na nossa cabeça. Pela nossa lógica, aquele que serve à Deus deveria sofrer menos do que aquele que não serve! Certo? Errado! Por que deveria sofrer menos? O sábio carece tanto do amor e da compaixão do Senhor como aquele que não é sábio! Seria como dizer que o cristão, nessa terra, é melhor que o não cristão, quando na verdade tanto esse, quanto aquele, carecem do mesmo amor de Deus expresso na pessoa de Jesus Cristo. Por isso tudo nessa Terra acontece tanto a esse quanto à aquele. A salvação é para todos. Isso é a graça do Senhor! Aleluia!. O senhor Jesus veio ao mundo para salvar, tanto o sábio quanto o tolo, tanto aquele que peca quanto aquele que julga não pecar, o negro e o branco, o gordo e o magro, o alto e o baixo. Nessa Terra, Deus dá a oportunidade de todos serem salvos, sejam justos ou injustos, ímpios ou não ímpios, de forma igualitária (e a todos), independente de mérito próprio.
                O livro de Eclesiastes está centrado na ideia de que tudo é vaidade... As coisas que foram conquistadas com o trabalho, o suor e a fadiga devem ser desfrutadas, sim! Pois o fruto desse trabalho é dom de Deus (Ec 2:24-26). Contudo aquele que vive, apenas para desfrutar dessas benesses sem esperar na eternidade, esse se tornará o mais infeliz dos homens ao chegar ao final de sua vida. (1Co 15:19). A introdução ao livro de Eclesiastes está em que toda a conquista nessa Terra sem Deus é vaidade!

Bons Estudos!

Fernando e Isabella

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